Mudança de comportamentos deve elevar migrações internacionais 

Debates na Fides Rio 2023 envolvem os reflexos da maior longevidade humana

O retrato do amanhã parece já rascunhado, olhando os números da Agência das Nações Unidas para as Migrações Internacionais (OIM). Seus dados demonstram um forte aumento do número de migrantes nas últimas cinco décadas. Comparada à década de 1970, a expansão das migrações é de três vezes, ao ter alcançado 3,6% (281 milhões) da população global em 2020.

O aumento das migrações é, em parte, consequência das mudanças etárias que afetam o mercado de trabalho global e das políticas de atração de profissionais estrangeiros.

Por isso, nesse contexto mundial, pensar caminhos, debater tendências e apontar oportunidades para o mercado segurador são metas definidas para a 38ª. Conferência Hemisférica de Seguros – Fides Rio 2023. Está clara a conexão desses temas com a maior longevidade das pessoas. Algo que é uma tendência mundial.

Fluxo de migrações deve aumentar

O total de pessoas vivendo em um país diferente do seu nascimento supera o total da população brasileira, estimada em mais 211,8 milhões de pessoas em 2020. Após a interrupção causada pela pandemia, a perspectiva é de que o fluxo da migração internacional avance mais rapidamente nos próximos anos. 

Tudo porque, além do viés econômico, outros fatores poderão ampliar o exército de nômades, como mudanças climáticas, guerras e regimes autoritários. Para se ter uma ideia, em cada grupo de 30 pessoas, hoje uma é migrante internacional.

Reflexos financeiros

As remessas internacionais – transferências financeiras ou em espécie feitas por migrantes diretamente para famílias ou comunidades em seus países de origem – também servem para medir parte dos fluxos financeiros movimentados pelos migrantes.

Dados do Banco Mundial dão conta de que os Estados Unidos permanecem na liderança por décadas. De lá, saíram um total de US$ 68 bilhões em 2020. Na sequência, Emirados Árabes Unidos (US$ 43,2 bilhões), Arábia Saudita (US$ 34,6 bilhões), Suíça (US$ 27,96 bilhões), e Alemanha (US$ 22 bilhões).

Índia, China, México, Filipinas e Egito foram os principais países receptores das remessas de dinheiro. O estudo do Banco Mundial, mesmo com algumas ressalvas metodológicas, constata aumento nas remessas nas últimas décadas, de US$ 126 bilhões em 2000 para US$ 702 bilhões em 2020. 

A 38ª Conferência Hemisférica de Seguros se realizará de 24 a 26 de setembro de 2023, no Rio de Janeiro. Estarão presentes lideranças empresariais, especialistas e autoridades para debater esse e outros temas importantes para a indústria seguradora.