Os exemplos de terremotos ocorridos no mundo demonstram o quanto os desastres naturais merecem atenção para mitigação de seus efeitos. O setor de seguros dedica atenção ao tema e, por isso, a programação da 38ª. Conferência Hemisférica de Seguros, a Fides Rio 2023, terá espaço para o debate do assunto sendo um dos oito eixos temáticos “Mudanças Climáticas: mitigação de riscos e desenvolvimento de novas soluções”.
Entre os 15 terremotos mais graves que ocorreram no mundo, está, por exemplo, o de Vallenar, de magnitude 8.5 graus na escala Richter, ocorrido em novembro de 1922, na região do Atacama, na fronteira do Chile com a Argentina. Esse abalo sísmico teve seu epicentro na Cordilheira dos Andes, seguido de tsunamis moderados que invadiram as cidades chilenas de Caldera, Chañaral e Huasco. Mais de 1.500 pessoas teriam morrido nesse desastre.
Justamente por estar situado no Círculo de Fogo do Pacífico, o Chile é país sul-americano mais propenso a ser afetado por terremotos. O pior foi o de 1960, que matou quase 2 mil pessoas, feriu outras 3 mil pessoas, além de desabrigar milhões. O Círculo de Fogo do Pacífico localiza-se ao norte desse oceano, numa extensão que vai desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas. A área envolve diversas placas tectônicas que se movem e geram intensa atividade geológica.
Tremores também no território brasileiro
No Brasil, guardadas as devidas proporções, há pelo menos cinco tremores na memória das pessoas. A cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, conviveu com uma sequência de tremores em 1986. Quatro ao todo entre agosto e novembro daquele ano. O mais grave ocorreu em novembro, alcançou 5.1 graus e provocou danos em construções.
Em Pacajus, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, o abalo de 5.2 graus – em novembro de 1980- é considerado o maior das regiões Norte e Nordeste, sendo sentido num raio de 600 quilômetros. Casas foram danificadas, focos de incêndio, registrados. Não houve mortes, e sim feridos.
Em 2008, um tremor no Estado de São Paulo atingiu 5.2 graus. Ocorreu em 22 de abril, às 21h, durante poucos segundos. O epicentro, a 215 quilômetros do estado, foi sentido no Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. Não houve vítimas, mas relatos de rachaduras em construções.
Outro tremor, de magnitude 6.1 graus, ocorreu na divisa do Acre com Amazonas, a 165 km de Cruzeiro do Sul (AC). O terremoto, ocorrido em 21 de julho de 2007, se deu numa região pouco povoada, a 425 km ao norte da capital do Acre, Rio Branco
A cidade de Caraíbas, comunidade rural no norte de Minas Gerais, registrou magnitude 5 graus. Ocorrido em dezembro de 2007, o terremoto destruiu casas, feriu seis pessoas e matou uma criança de 5 anos. É o único caso de morte provocada por terremoto de que se tem notícia no Brasil.
Na Serra do Tombador, a 100 km de Porto dos Gaúchos, no Mato Grosso, o tremor de 6.6 graus, em janeiro de 1955, é considerado o maior ocorrido em solo brasileiro. Sua intensidade se deve a uma falha geológica, que facilita a ocorrência de tremores mais fortes. Não houve vítimas por ser a região pouco povoada à época. Para se ter uma ideia, na Cidade do México, onde hoje residem mais de 25 milhões de habitantes, o terremoto catastrófico de 19 de setembro de 1985 matou mais de 35.000 vidas.
Fides Rio 2023
O encontro internacional reunirá representantes de entidades de seguros privados de 20 países da América Latina, mais Estados Unidos e Espanha no Rio de Janeiro, de 24 a 26 de setembro de 2023. Sob o tema central “Seguros para um Mundo mais Sustentável”, a conferência vai reunir lideranças empresariais globais, executivos, formadores de opinião e autoridades. Os participantes vão conhecer as tendências e transformações do mercado segurador, além de explorar uma ampla agenda de negócios e atividades esportivas.