Presidente da FIDES destaca desafios do setor de seguros na AL

“Através da integração de nossas variadas ideias, pontos de vista e enfoques, podemos fomentar soluções numerosas e criativas, que satisfaçam as necessidades de nossos clientes e contribuam para a estabilidade e o crescimento de nossas economias”, declarou nesta segunda (25/9) o presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES), Rodrigo Bedoya, durante a cerimônia de abertura da maior conferência de seguros das Américas e Península Ibérica, a Fides Rio 2023.

A partir da esq.: Armando Vergílio (Fenacor), Luis Roberto Barroso (STF), Claudio Castro (governador RJ), Dyogo Oliveira (CNseg), Rodrigo Bedoya (FIDES), Rodrigo Pachedo (Senado), Eduardo Paes (prefeito RJ) e Alessandro Octaviani (Susep). Divulgação CNseg

O executivo ressaltou os desafios que o setor enfrenta, principalmente na América Latina. O primeiro deles é a baixa penetração do seguro na América Latina, já que muitas pessoas e empresas não têm acesso ou não compreendem a importância do instrumento seguro. Ligado a isso, continuou Bedoya, está o segundo desafio: a falta de educação financeira e cultural sobre seguros na região.

Cibersegurança

Ele ainda citou a ferramenta dos seguros inclusivos como essenciais para que a ocorrência de sinistro não tenha como consequência o aumento da pobreza. As dificuldades de regulação e a maior exposição da região latino-americana à ocorrência de desastres naturais (como terremotos, por exemplo, embora não sejam tão comuns no Brasil) são mais dois desafios importantes. Outro ponto de atenção do setor são os riscos associados à cibersegurança. “A proteção de dados, a prevenção a fraudes digitais e a continuidade de operação são preocupações críticas do mercado segurador”, afirmou Bedoya.

O presidente da Fides também chamou a atenção para o fato de que a sustentabilidade e as mudanças climáticas tendem a aumentar a demanda por seguros. Ao mesmo tempo, esse movimento obriga as seguradoras e resseguradoras a colocarem restrições em sua cobertura, como forma de proteção à sua estabilidade e saúde financeira. O acesso à tecnologia e a maior digitalização foram também lembrados por Bedoya. A digitalização é uma oportunidade para o crescimento e eficiência do mercado segurador, mas a quantidade de caminhos para alcançá-la, custos e tempos para implementação, além de limitações de regulação setoriais, fazem dela um assunto significativo para as seguradoras.