O mundo globalizado e a maior diversificação de riscos, já explorados na Europa e na América do Norte, podem ser uma solução para a ampliação de investimentos estrangeiros na América Latina. A avaliação foi feita por Felipe Orsi, Regional Head of Short Tail Latam, da Allianz Seguros, no painel “Perspectivas sobre os ricos na América Latina em um contexto global”, durante a programação da FIDES Rio 2023, a maior conferência hemisférica de seguros das Américas e Península Ibérica.
Em seu discurso abordou Orsi comentou sobre as dificuldades de convencer países mais desenvolvidos, como EUA e nações europeias, de que vale a pena investir nos países latinos, mesmo com os riscos próprios enfrentados no continente. “Sabemos que existe um preconceito do mundo sobre os riscos da América do Sul; é difícil convencer os europeus e norte-americanos a fazer negócios rentáveis aqui”, afirmou o executivo da Allianz.
Também foi destacado por ele o crescimento do mercado latino, onde está havendo um retorno maior dos investimentos. Em 2019, por exemplo, 22,3% dos mercados mais lucrativos para as seguradoras globais estavam na América Latina, a maior porcentagem continental. No pós-pandemia este número recuou, chegando a 16,6% dos mercados mundiais, ficando atrás apenas do Oriente Médio e da África juntos.
Em análise das legislações e regulações de riscos, Felipe Orsi argumentou que elas são mais voláteis e instáveis, não só na América Latina, mas em todo o mundo. “É preciso encontrar equilíbrio dentro do mercado de seguro, analisar onde deve-se melhorar, como na qualidade de riscos tomados”, complementou.